quinta-feira, 26 de junho de 2008

E se escolher o meu caminho será que me aceitas?!



Há perguntas que têm de ser feitas!

Quem quer que sejas
Onde quer que estejas
Diz-me se...
É este o mundo que desejas!?

Homens rezam, acreditam,
Morrem por ti!
Dizem que estás em todo o lado
Mas não sei se já te vi!

Vejo tanta dor no mundo
Pergunto-me se existes!?
Onde está a tua alegria
Neste mundo d'homens tristes!?

Se ensinas o bem
Porque é que somos maus por natureza!?
Se tudo podes
Porque é que não vejo comida à minha mesa?

Perdoa-me as dúvidas
Tenho de perguntar
Se sou teu filho e tu me amas
Porque é que me fazes chorar?

Ninguém tem a verdade
O que sabemos são palpites
Sangue é derramado em teu nome
É porque o permites

Se me deste olhos
Porque é que não vejo nada?!
Se sou feito à tua imagem
Porque é que eu durmo na calçada!?

Será que pedir a paz entre os homens
É pedir demais!?
Porque é que sou descriminado
Se somos todos iguais!?

Porquê!?
Porque é que os Homens se comportam como irracionais?!
Porque é que guerras, doenças matam cada vez mais?!
Porque é que a paz não passa de ilusão?!
Como pode o Homem amar com armas na mão?!
Porquê!?
Peço perdão pelas perguntas que têm que ser feitas
E se escolher o meu caminho será que me aceitas?!
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei!
Eu acredito é na Paz e no Amor!

Por favor não deixes o mal
Entrar no meu coração
Dou por mim a chamar
O teu nome em horas d'aflição

Mas... Tens tantos nomes!
És rei de tantos tronos!
Se o Homem nasce livre
Porque é que alguns são donos?!

Quem inventou o ódio?!
Quem foi que inventou a guerra?!
Às vezes acho que o inferno
É um lugar aqui na Terra!

Não deixes crianças
Sofrer pelos adultos
Os pecados são os mesmos
O que muda são os cultos

Dizem que ensinaste o Homem
A fazer o bem
Mas no livro que escreveste
Cada um só lê o que lhe convém

Passo noites em branco
Quase sem dormir a pensar
Tantas perguntas
Tanta coisa por explicar

Interrogo-me
Penso no destino que me deste
E tudo o que me acontece
É porque tu assim quiseste

Porque é que me pões de luto
E me levas quem eu amo?!
Será que é essa a justiça
Pela tal eu tanto clamo?!

Será que só percebemos
Quando chegar a nossa altura!?
Secalhar desse lado
Está a felicidade mais pura!

Mas se nada fiz
Nada tenho a temer
A morte não me assusta
O que assusta é a forma de morrer!!

Porquê!?

Porque é que os Homens se comportam como irracionais?!
Porque é que guerras, doenças matam cada vez mais?!
Porque é que a paz não passa de ilusão?!
Como pode o Homem amar com armas na mão?!
Porquê!?
Peço perdão pelas perguntas que têm que ser feitas
E se escolher o meu caminho será que me aceitas?!
Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei!
Eu acredito é na Paz e no Amor!

Quanto mais tento aprender
Mais sei que nada sei
Quanto mais chamo o teu nome
Menos entendo o que chamei

Por mais respostas que tenha
A dúvida é maior
Quero aprender com os meus defeitos
Acordar um homem melhor

Respeito o meu próximo
Para que ele me respeite a mim
Penso na origem de tudo
E penso como será o fim!

A morte é o fim
Ou é um novo amanhecer?!
Se é começar outra vez
Então já posso morrer!

(Teresa Salgueiro)
Ao largo ainda arde
A barca da fantasia
O meu sonho acaba tarde
Acordar é que eu não queria!

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