sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

No percurso da vida...

preto e brancoÀs vezes no percurso da nossa vida, cruzamo-nos com pessoas um tanto ou quanto desagradáveis, que ficam felizes só por nos rebaixarem ou nos magoarem... Quando me cruzo com estas pessoas, ou sei que outra pessoa as encontrou no seu caminho, lembro-me desta história:

(já a ouvi há muito tempo e não me lembro se era bem assim, mas a ideia geral é esta)


"Havia um mestre de artes marciais muito conhecido, era um mestre muito respeitado em todo o doju e com a fama de ter uma grande sabedoria e destreza. Um dia, numa das suas aulas, todos os alunos estavam desatentos, e podia-se ouvir as converas em sordina entre eles... o motivo? corria o boato que o mestre estava a ser desafiado por outro mestre...

Entretanto, no decorrer da aula, o tal mestre apareceu. Não esperou ser anunciado, entrou na sala e disse todos os insultos que se lembrou, numa tentiva de obter uma reacção por parte do respeitado mestre. A reacção nunca chegou, nenhuma resposta se fez ouvir. Os alunos espantados ficaram a assistir a tudo em silêncio, há espera do "grandioso combate", que nunca viria a acontecer...

As horas foram passando e o mestre desafiador não queria desistir, mas quando a noite se pôs, ele não teve outro remédio se não ir-se embora. E a pergunta já se encontrava na boca dos alunos:

― Porque é que deixou que este mestre lhe disse-se tudo isto? Porque é que não fez nada?

Ao que o mestre respondeu com toda a calma, que já lhe era caracteristica:

― Quando alguém nos oferece uma prenda e nós não aceitamos, o que é que acontece? (momento de silêncio) A pessoa que o oferece tem que a levar de novo embora... O mesmo acontece com as ofenças e tudo o resto, só ficamos com elas se as aceitarmos!"

foto: Susana A. Rocha

2 comentários:

Anónimo disse...

Bastante sábia, a atitude do Mestre...

Por vezes, deveríamos fazer todos a mesma coisa...

Fica bem.

João disse...

Por x esquecemo-nos disto e fazemos o contrário, mas por x temos a mesma atitude que o mestre. Acho que o mais importante e mais enriquecedor é mesmo tomar conciência do acto em si e reflectirmos na globalidade das nossas reacções.É uma bela forma de "crescermos". Bj grande*