Hoje foi assim:
- O que queres comer?
- Não sei...
- Que filme vamos ver?
- Não sei...
- Onde vamos?
- Não sei...
E foi assim todo o dia... mas não temos "não sei" cá em casa, (acho que) não há um filme "não sei" e por aí fora...
As vezes é difícil sermos sempre nós a decidir.
... Por discutires comogo para ir ao ginásio,
... Pelo teu sorriso envergonhado,
... Por me fazeres feliz,
... Por não te conformares e por lutares por aquilo que acreditas,
... Por todas as coisas que fazes quando não te apetece, só porque a mim também não me apetece mas tem de ser feito,
... Pelos teus beijinhos de bom dia, boa noite e todos os outros,
... Pelos miminhos e carinhos,
... Pelas surpresas,
... Pelas aventuras,
... Por seres prefecionista, o que me leva a querer fazer sempre melhor também,
... Por compreenderes que preciso de dormir muito, mesmo que tenha acabado de acordar há 2 horas,
... Por me fazeres rir e sorrir,
... Por me fazeres sentir espetacular!
Os anos passaram… E aqueles verões imensos, em que o tempo era muito (mas nunca demais) transformaram-se em duas, máximo três semanas de férias que tinham que ser aproveitadas em pleno!
— Fofinho vamos fugir e ficar aqui para sempre!
— Ai… Bia… nem sabes o quanto eu queria isso… ficar aqui contigo, acordar todos os dias com o som do mar, preguiçar ao sol, nadar, andar de canoa… — sonhou o Filipe em voz alta e em pensamentos que o fizeram perder-se por minutos — Opa! Já viste o que me fazes?! Isto assim é tortura! Bem sabes que não pode ser… Vá, vamo-nos levantar. Ainda temos isto tudo para arrumar!
Era o ultimo dia de férias e só apetecia voltar ao primeiro dia outra vez e outra vez e outra vez…
Mais tarde já no carro a caminho de casa:
— …Quem diria que íamos chegar aqui…E ter uma vida séria como eu nunca previ…E é tão bom acordar de manhã olhar para ti…Antes de ir bulir naquilo que eu sempre curti… — cantava a Bia sem se aperceber bem do significado da letra.
— Ai nem acredito que amanhã já temos de ir trabalhar… está bem que vou poder acordar e olhar para ti — e o quanto que o Filipe adorava morar com a Bia para se poder perder no seu olhar todos os dias — Porém, as vezes apetecia-me voltar atrás e ter outra vez 20 e poucos anos, a morar cada um na casa dos pais mas ter aqueles verões enormes em que te ia buscar e passávamos os dias na praia a passear, a namorar e a conversar…
— lá estamos nos a sonhar… de manhã foi a sonhar com o futuro agora com o passado. Estamos muito saudosista! Estas muito menina!!
— Ei então!! Sou eu que te costumo picar!! — respondeu rapidamente o Filipe fingindo-se muito indignado.
Passado alguns minutos, depois das gargalhadas se desvanecerem e se misturarem com a música que passava na rádio, deram lugar a outros pensamentos.
— Já viste, estamos diferentes… — desabafou a Bia ou melhor pensou alto.
— E isso é mau? Crescemos… estamos diferentes…
— Não é que seja mau… estou só um bocadinho triste… só que apercebi-me que também os meus sonhos mudaram… agora os meus sonhos, são os teus sonhos. Não faz sentido eu querer uma coisa se tu também não quiseres, porque acima de tudo a minha vida só faz sentido se tu fizeres parte dela…
- Oh… — foi tudo o que o Filipe conseguiu articular e entretanto a Bia continuava a falar, a pensar alto.
— Eu quero… queria… já não sei… bem eu queria casar, com um vestido de noiva branco, com um véu de princesa, compriiido… num relvado com uma árvore antiga e o mar ao fundo (o mar não podia falhar não é?). Depois comíamos numas mesas brancas compridas com toda a nossa família e amigos, sob luzinhas, velas e as estrelas…. — depois de uma pequena grande pausa — Mas agora já não quero… Eu queria que tu também quisesses, mas que quisesses mesmo e não só porque eu quero… É por isto que estou triste, porque apesar de já não querer, sonhei durante tanto tempo com isto que agora parece que fico incompleta se não acontecer. Só que é parvo sentir-me assim, porque não é uma coisa que faça sentido agora que eu somos nós… Mas no fundo o sonho está lá…
— Hmm… Não sei o que dizer amor… queria encher-te de beijinhos para não te sentires triste mas estou a conduzir. — e um riso nervoso fugiu-lhe da garganta — Olha só me lembro daquele casamento da tua amiga sabes? Em que fomos namorar para o jardim. É esse o meu sonho! Que apesar de já estarmos juntos desde…sempre! Continuemos sempre a parecer uns miúdos que namoram há 2 meses! :)
E finalmente consegui deitar a moinha. Sem histórias de embalar, nem beijinho de boa noite, mas lá está, até que enfim, a repousar na minha almofada.
Pois. Ela bem que avisou que vinha mas, so conseguiu chegar quando saí do comboio em benfica, acompanhou-me na viagem de regresso a casa, falando mais alto quando o sol me batia nos olhos. Depois lá se acalmou e deixou-me organizar as contas da casa e outros papeis.
Chegou a hora do jantar e decidiu que agora eu lhe devia dar atenção, ameaçando que caso contrario ia chamar o choro. Assim, rendi-me e deixe-me ficar no sofá, irritada até mais não por ter descoberto onde tinha perdido o cartão do cidadão e a ver Anatomia de Grey, para desta vez, ser eu a acalmar-me... Com tudo isto decidimos trocar o jantar por um wrapp, um iogurte e uma laranja. Agora estamos finalmente na cama e só falta um migraleve para que a minha moinha possa descansar efectivamente!
P.s. que saudades e que necessidade tinha de escrever!
Sempre quiz escrever isto: A autora prefere escrever com o seu próprio acordo ortográfico.
Ai parece que voltei a faculdade!!
Já li mil e um artigos sobre linfedema, e ainda faltam muitos…:s Alguém quer fazer uma revisão bibliografica da literatura? lool
Espero que ao menos depois a possa publicar…
Bem, vou só ali acabar isto e depois aí é que é, venho cá escrever! (lá estou eu a adiar)
Enfim, ontem abri um documento que um dia há-de ser um mini-livro surpresa e para meu grande espanto comecei a escreve. Hoje pensei, também vou escrever no blog, e aqui estou eu. o primeiro passo está dado!
Então parece que o nosso actor mais famoso nos Estados Unidos e não só, vai entrar no Fast Five?!!
Para quem não sabe é o quinto filme da sequela Velocidade Furiosa. Não faz muito o meu estilo, mas a verdade é que pela conjugação de uma variedade de coisas já fui ver 2 ao cinema. Agora que me disseram do Joaquim de Almeida fiquei com curiosidade e parece-me que vou ver outro (de preferência sem ser no cinema).
* já disse que agora ando apreciadora do que é nacional?
filmes e actores… :p
Para compensar não ter ido a Feira do Livro, este ano fui a noite de Serenatas em Lisboa. É uma vergonha mas a verdade é que em 4 anos de faculdade, nunca tinha ido a semana académica, pelo menos que me lembre.
Todos os anos tentava ir ver as serenatas, mas por uma coisa ou por outra nunca dava. Era isso e ir a queima de Coimbra. Foi preciso acabar o curso para a ir! Vamos ver se é para o ano que vou a Coimbra, já agora.
Não fui a feira do livro!!
Buuuuuuaaaaa. Eu queria tanto…snif.… Mas o tempo passou a correr. Daqui a 1 hora fecha e já não dá…buuua
Estou a começar a dar mais valor aos filmes portugueses. Gostei muito destes imortais, grande representação do Nicolau e da Ruefe. Com a guerra colonial como tema, mas não como tempo em que decorre o filme é muito bom para perceber o que sentiram muitos dos que voltaram no fim da guerra.
Inimigos públicos… gostei do papel do Johnny Depp e do Cristian bale, mas achei o filme tão looongo… ou então foi porque estava com sono :p
Como prometido fiz o bom do chessecake, ficou tão tão bom, que o comemos em 2-3 dias… Muito bom para está a tentar não engordar! lol Mas leia-se bem, não é emagrecer, é apenas não engordar… Vá, se desse para tirar esta gordurinha, que esta aqui debaixo do umbigo também podia ser, mas isso já implica mesmo fazer dieta e fazer abdominais e eu sou tão preguiçosa :p.
Agora que começou o bom tempo, toda gente fala em fazer dietas. Eu só de pensar que não posso comer doces sempre que me apetece, penso logo: “se algum dia tenho de fazer uma, vai ser bonito vai!”. Enfim, mas como sou enfermeira e sei que algumas dietas são para bem da saúde, não me posso por para aqui a desencorajar as pessoas. Força! Não desistam, corpo saudável ajuda a uma mente saudável!
p.s eu comecei a escrever com intenção de falar sobre filmes,
acho que vou ter de escrever outro post sobre isso.
Já tinha mostrado o chessecake que fizemos nas férias?
Estava tão bom!! Não havia a forma indicada, o doce para a cobertura foi escasso e não queríamos a gemas dos ovos cruas, por isso improvisamos um bocadinho, mas ficou tão tão bom! O melhor!
Este fim-de-semana vamos tentar repetir a proeza, já com uma forma bonitinha que se tira o aro, e com um bocadinho mais de doce :p
“Ah e tal, este ano é que é! Este ano vou dedicar-me ao voluntariado, este ano vou fazer missão em Moçambique.”
Ou então não…
Estou mesmo triste. Já tinha a decisão tomada há umas semanas, porque apareceu uma oportunidade de emprego que simplesmente não podia dizer que não. O problema é que veio mesmo em má altura, quando eu estava mesmo confiante que este ano conseguia…
Na quarta-feira tivemos de entregar a tão mal afamada folha amarela da Equipa d’África. Ao que vocês perguntam: o que é isso? Pois, é a folha onde escrevemos a nossa disponibilidade para fazer ou não missão, onde e durante quando tempo. Resumindo, é uma folha que implica que façamos escolhas. A minha estava feita, o emprego. Só que ao entregar a folha, a decisão passou a ser oficial e agora não há volta a dar… E pior, desta vez não foi alguém a dizer-me que não podia, fui eu que assim escolhi.
Já sei, é com estas coisas que crescemos e aprendemos, e que há coisas que quando têm de ser, têm de ser mesmo. Mas estou triste, mais uma vez o sonho fugiu…
— Amor! — Chamou o Filipe da cama — Onde estás? Vem para ao pé de mim…
— Estou a ir… Surpresa! — anunciou quando entrou no quarto. — fiz o pequeno- almoço!
Este era mais um sonho repousante, entre tanto outros que a Bia costumava ter e como de costume as caras das personagem eram abstractas e sem linhas definidas. Nas verdade, isso pouco importava, porque ela sabia sempre quem eram as pessoas que entravam no seu mundo, enquanto dormia.
— Ohh… Não acredito, obrigada! Eu estou sempre a pensar fazer-te a mesma surpresa, mas nunca sei o que vais querer de manhã. Acordas sempre com desejos diferentes… — sorriu de felicidade envergonhado.
— Fico sempre a espera que acordes sem saber o que fazer… Hoje lembrei-me.
Alguma coisa, no sonho, começava a incomodar Bia, só que a sua mente ainda não tinha conseguido perceber o quê.
— Tão querida! Obrigada Inês…
— Naaaaaaãoooo — Gritou Bia ao mesmo tempo que se levantava com o coração a bater descompassado.
Demoraram ainda alguns segundos, até que o seu coração voltasse ao normal e se conseguisse mentalizar que tinha sido um sonho. Um pesadelo, alias! Só de se lembrar parecia que lhe faltava a o ar. Entretanto olhou para o relógio que tinha na mesinha de cabeceira, não tanto para ver as horas, mais para lhe ajudar a varrer do pensamento as ultimas imagens do pesadelo. Ainda eram 3h da manhã, e no dia seguinte tinhas aulas na faculdade, bem cedo. O melhor era esquecer, porque nada daquilo que tinha visto era real, e agora tinha de dormir.
Estive longe do mundo e só agora que sai da incubadora onde estive, me apercebi realmente disso.
Começou logo em grande, com o carro a fazer das suas: decidiu, depois de lhe por gasolina, que afinal queria continuar na reserva, primeiro ainda esteve indeciso se ficava com 2 bolinhas, mas agora já se decidiu mesmo pela reserva.
Apercebi-me que choveu granizo a potes aqui na zona, coisa que quando eu estou cá não acontece. Queres ver tudo branquinho quase neve? Pois fica para a próxima.
Mas o mais grave é que só agora é que soube que já abriu a Feira do Livro!!!
Viver é ser escritor-cozinheiro, é saber que todos os dias têm sabores diferentes e mesmo assim não deixar de os provar. Há dias que sabem mal. Há dias que não sabemos nada, não sabemos a nada. Há dias em que temos de escolher se queremos sal ou açúcar, sem sabermos que sabor vai resultar no fim, a solução é arriscar e provar, na esperança de saiba bem. Há dias em que não sabemos as quantidades certas. Há dias em que só temos o sabor de ontem, porque pusemos muito sal ou muito açúcar…
E depois, há dias em que adoçamos o dia dos outros, em que partilhamos o nosso saber, o nosso açúcar com quem nos rodeia; em que ajudamos a decidir qual o tempero a usar, e experimentamos em conjunto o sabor final. Podemo-nos engasgar, porém também podemos descobrir os melhores sabores da vida: o sabor da entrega, da partilha, da união e do trabalho de equipa.
Por isso já sabes, a vida é uma mistura de sabores e saberes muitas vezes pré-definidos, mas que podem ser sempre temperados, alterados e mudados, por ti e pelos outros. Então qual é o sabor do teu dia de hoje? Qual é o sabor de quem te rodeia? Já sabes qual é o sabor que queres para amanhã? Ah! Porque esqueci-me de dizer, às vezes podes adiantar o que vais cozinhar no dia seguinte ou podes escolher saborear o que sobrou do dia anterior.
p.s: a ausência foi grande mas justificada:
organizar e participar numa peregrina ;)
É raro dizer isto mas, hoje gostei mesmo de me levantar cedo, com este solinho até era desperdício ficar na cama. E assim consegui tratar de uma data de coisas, fui à feira de solidariedade da Faculdade de Direito de Lisboa, (se conhecerem lá alguém faz favor de dizerem para darem um saltinho a mesa da Equipa d’Africa =p), fui à minha faculdade, fui ao centro de saúde….
Ahh ver assuntos que andávamos para tratar há séculos resolvidos é tão fixe!
Ultimamente as palavras fogem-me dos dedos sempre que as tento passar para o computador. Se calhar ficaram lá no bem bom das férias, lá na terra, ficaram onde também eu queria ter ficado. São minhas as palavras, são minhas as manias. Eu também fujo, fujo 2 semanas daqui de Lisboa, por isso quem sou eu para as condenar? Entretanto fugiram, igualmente, 2 seguidores, fiquei com pena, mas por aqui também não se tem passado muito, não é verdade?
Enfim, há falta de palavras deixo-vos imagens, no meu cantinho aqui ao lado ;) .
