quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um pesadelo

— Amor! — Chamou o Filipe da cama — Onde estás? Vem para ao pé de mim…
— Estou a ir… Surpresa! — anunciou quando entrou no quarto. — fiz o pequeno- almoço!

Este era mais um sonho repousante, entre tanto outros que a Bia costumava ter e como de costume as caras das personagem eram abstractas e sem linhas definidas. Nas verdade, isso pouco importava, porque ela sabia sempre quem eram as pessoas que entravam no seu mundo, enquanto dormia.

— Ohh… Não acredito, obrigada! Eu estou sempre a pensar fazer-te a mesma surpresa, mas nunca sei o que vais querer de manhã. Acordas sempre com desejos diferentes… — sorriu de felicidade envergonhado.
— Fico sempre a espera que acordes sem saber o que fazer… Hoje lembrei-me.

Alguma coisa, no sonho, começava a incomodar Bia, só que a sua mente ainda não tinha conseguido perceber o quê.

— Tão querida! Obrigada Inês…
— Naaaaaaãoooo — Gritou Bia ao mesmo tempo que se levantava com o coração a bater descompassado.

Demoraram ainda alguns segundos, até que o seu coração voltasse ao normal e se conseguisse mentalizar que tinha sido um sonho. Um pesadelo, alias! Só de se lembrar parecia que lhe faltava a o ar. Entretanto olhou para o relógio que tinha na mesinha de cabeceira, não tanto para ver as horas, mais para lhe ajudar a varrer do pensamento as ultimas imagens do pesadelo. Ainda eram 3h da manhã, e no dia seguinte tinhas aulas na faculdade, bem cedo. O melhor era esquecer, porque nada daquilo que tinha visto era real, e agora tinha de dormir.

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