quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Há coisas que não mudam

É impercionante como algumas coisas nunca mudam e um grupo de miudos (leiam-se betinhos e bem arranjadinhos... ou não) da minha antiga secundária ainda conseguem fazer-me sentir mal, só pelo facto de estar ao lado deles...

Não sei se é trauma, já disseram que era inveja, que eu queria ser como eles e por não conseguir, me sinto mal...

Eu não sei porque é, a verdade é que aqueles meninos tem o dom de me sugar a auto-estima e a alegria!!

6 comentários:

Nicole disse...

não ligues sara. Sabes o que vales... e nós sabemos o que vales. É isso que importa :D
*

João disse...

Ola tonta:)!Permite-me partilhar uma coisa: quando entrei no 5º ano passei de uma escola primária com 50 alunos no máximo, em que conhecia toda a gente e me dava bem, para uma escola com 2000 alunos, como a maior parte de nós. Fiquei numa turma de 28 alunos em que 22 eram ditos "betos", no verdadeiro sentido da palavra.Tratavam os pais por "você" (nem é Português (!), e não desvalorizando quem os trata na 3º pessoa porque não significa nada, como conheço várias pessoas da nossa idade, e isso sim já é Português), eram ricos,tinham tudo o que tinham, desprezavam quem não o era, enfim eram cópias dos pais e tinham valores de humildade, honestidade e até diria de honra bastantes diferentes dos meus. Vinham da mesma escola primária, pelo que não vale a pena contar o que aconteceu. Marginalização é o mais simpático de se dizer. Mas se o princípio da adolescência é uma idade complicada para passar a viver diariamente com situações desta natureza - foi até ao 9º ano - tiramos sempre algo de positivo e "crescemos". Não demorei muito a tempo a perceber como eram aqueles meus colegas (outros da escola também "betos" eram pessoas decentes logicamente e felizmente, para não criar estereótipos). E uma das coisas ridículas que achavam é que o padrão de "cool", "fixe", "popularidade" ou às x de "normalidade" para eles era o de como eram, mas de uma maneira tão egocêntrica que convenci-me que neste tipo de inteligência , de percepção talvez (assumindo que há várias tipos: raciocínio, percepção,etc.), eles eram completamente estúpidos, o que revelava uma falta de maturidade para a idade abismal (porque só ao fim de alguns anos alguns começaram a mudar um pouco, ainda pouco para o que consideramos normal num desenvolvimento cognitivo e social). Quando li estas tuas palavras lembrei-me destas minhas vivências e desta "falta de inteligência", de sentimento ou de bom senso (porque não olham para si ou não sabem olhar ) que muitas pessoas têm. Mas já não te reconheço o mesmo, subscrevendo o que a Nicole diz, que te conhece certamente muito melhor do que eu. A ter pena de alguém, tenho é desses teus colegas, porque não obstante conhecerem sempre algo de ti que mobilizem para te magoar (é normal,afinal passaste bastante tempo com eles), são pobres, ou diria mesmo mais cegos, porque não sabem "ver-te" como muitos (e quem realmente interessa vê) que te rodeiam:). A prova disso é a inveja e tudo o mais. Não conheço a natureza deles, da vossa relação nem de que disseram, mas é a minha percepção. E como partilhaste há uns dias na história do mestre, a confiança em nós e o ignorar (ou o desprezar conforme as situações). Só te queria dizer isso, tendo consciência e sabendo bem de que muitas vezes sabemos isto tudo que escrevi, mas é dificil não ficar xateado ou magoado com certas atitudes. Posso-te conhecer melhor ou pior, mas digo-te com sinceridade ainda bem que és asim;)bj grande*

Menina do Mar disse...

João, passei por uma situação parecida... mas n percebes-te o q aqui escrevi. As pss com que me encontrei nem sequer as conheço, não foram colegas meus, e n me disseram nada, porque nem falaram cmg, só sei que eram alunos da secundaria onde andei...
Mas mesmo assim n me senti bem ao lado deles...

João disse...

Não tinha percebido isso.Assim até merecem menos atenção, sabendo claro que é difícil ficar na mesma.Bjns*

Maria Manuela disse...

Ohhhhhhhhh baby conheço bem essa gente. Primeiro ser beto, não é o mesmo que vestir à beto. Eu gosto de me vestir o melor que posso com o dinheiro que tenho e isso não faz de uma pessoa beta.

Mas essa gente de que falas, também apanhei desses meninos ricos e pedantes no liceu, sempre a gozarem com tudo e todos. Comigo só gozaram uma vez: a primeira e a última, tal não foi o par de estalos que enfiei numa tótó daquelas. Depois, fui avisando que gozar comigo ou com os meus amigos ía dar ao mesmo. Vá lá, lá se acalmaram!!! e de seguida vingava-me nas notas. Como era boa aluna, sempre que recebiamos os testes, aí vinha eu sala fora a gritar: eu visto ralph laurent mas sou tããããoooo bura, eu tenho bmw mas não dou uma para a caixa a literatura, o meu pai é podre de rico mas comprou-me um cérebro na loja dos 300...

Eh eh eh

Anos, depois, ainda quando as/os encontro... Então rica, diga lá o que faz e por onde anda... Claro que a maioria não passou do liceu!!! E os que seguiram faculdade, nem por isso estão melhor do que eu.


Quem sabe um dia não apanhas uma dessas almas, quando estiveres a exercer enfermagem... Aí babe de agulha em riste, vamos ver quem é o menino da mãmã...

Pelo que tenho lido aqui, és uma lutadora, és um ser humano bom e isso hoje vale ouro.

Cá beijito

Menina do Mar disse...

Maria Manuela, quem me dera que naquela altura tivesse a mesma força que agora e que tu tiveste na altura porque muitos deles mereciam mesmo um par de estalos...
Mas uma coisa eu fazia como tu...vingar-me nas notas...nessas alturas o meu ego ficava tão alto!! lool
Obrigado pelos elogios :$