sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O lago

Não deves recusar o esforço, porque ele é um caminho.

Num lugar que terás de descobrir - que fica sempre alto e longe - existe para ti uma lagoa meio escavada na rocha, com relva muito verde em parte das margens e cantos alegres de pássaros calmos. Encontram-se lá os que amas, fortes e generosos. Sorridentes. Há sol e também a sombra de altas árvores. Por cima, apenas o céu, à distância de um último salto.

Não é um destino inevitável, mas um lugar onde és esperado e que podes, ou não, alcançar, conforme a medida do teu desejo. Só quando lá chegares terás alcançado toda a tua envergadura. Só lá te encontrarás contigo mesmo. Existes para chegar a esse lago. Os teus olhos são capazes de pousar nas suas águas limpas, que reflectem já o céu que lhes há por cima. Não se pode querer mal aos caminhos que conduzem a lugares assim, embora sejam escarpados e se torne impossível evitar ferimentos e cansaços quando se segue por eles.

Se o teu desejo de chegar for grande, nenhum esforço te parecerá demasiado penoso. E, embora vás a caminho, terás sempre contigo qualquer coisa que é já de ter chegado. Talvez uma certa forma de olhar, resultante daquela luz que se acende por dentro quando nos pomos a caminho dispostos a tudo o que aparecer. E nem haverá problema se a morte te encontrar assim, ainda no gesto de subir: já tens em ti o teu lago, na imagem dele que te fez partir.

Não deves recusar a dor, porque ela te constrói, te marca os limites e te faz crescer por dentro dos teus muros. Sem ela, não passarias de um projecto do homem que hás-de ser. Ela edifica-te os músculos, a cabeça e o coração, e não existe outra maneira de chegares a ser aquilo que deves vir a ser. Se não sofresses não haveria ninguém dentro de ti. No cumprimento sério dos teus deveres, encontrarás a dor na forma de esforço e de cansaço. Mas pode muito bem ser que, tarde ou cedo, ela te procure sem disfarces e te faça chorar ou gemer. É frequente que ela se apresente assim, numa nudez que parece cruel e faz lembrar facas ou agulhas.

Nem por isso te deves assustar ou desistir.

Quando te parecer que tudo está perdido, ri-te, se puderes. É que te estão a oferecer um degrau que te deixará incomparavelmente mais acima no caminho. Deves ver nisso o sinal de que - por qualquer razão - é tempo de andares depressa. Sobretudo, não te queixes. Há assim metamorfoses que parecem aniquilar, mas não passam de formas de fazer surgir a borboleta. Não te queixes, porque receberás umas asas e cores novas.

O teu lago - de onde de tão perto se pode olhar o céu - tem um preço que tu saberás dar e não é tão grande assim.

Paulo Gerardo

sábado, 24 de novembro de 2007

Aula de Geografia

1. GEOGRAFIA DA MULHER:

Entre os 18 e 20 anos, a mulher é como a África: metade descoberta, metade da beleza ainda selvagem e com deltas férteis.
Entre 21 e os 30, a mulher é como a América: bem desenvolvida e aberta a negociar com alguém com muito dinheiro.
Entre 31 e 35, a mulher é como a Índia: muito quente, relaxada e convencida da sua própria beleza.
Entre 36 e 40, a mulher é como a França: suavemente envelhecida, mas local ainda desejável de se visitar.
Entre 41 e 50, a mulher é como a Jugoslávia: perdeu a guerra e é atormentada por fantasmas de erros passados. A reconstrução massiva torna-se necessária.
Entre 51 e 60, a mulher é como a Rússia: muito larga e com fronteiras sem patrulhas. O clima frígido mantém as pessoas distanciadas.
Entre 61 e 70, a mulher é como a Mongólia: Com um passado glorioso de conquistas, mas, sem dúvida, nenhum futuro.
Depois dos 70, a mulher é como o Afeganistão: quase todos sabem onde está, mas ninguém quer ir até lá.

2. GEOGRAFIA DO HOMEM:

Entre os 15 e 70, o homem é como o Iraque: governado por um só membro.

domingo, 18 de novembro de 2007

Sweet Memories


As vezes para conseguirmos por ordem na nossa cabeça, no nosso coração temos de por ordem também naquelas velhas recordações que guardamos cuidadosamente no fundo do nosso armário, e para as quais gostamos de olhar naqueles momentos em que estamos um bocadinho mais em baixo, como que para nos lembrarmos que nem sempre doi e que existe sempre um motivo pelo qual vale a pena sorrir. Hoje encontrei o meu:


"Para a minha bonequinha
Que já ajuda a mãe
Que é amiga dos irmãos
E que gosta dos companheiros
Que acata com atenção
Toda a recomendação.
Estudiosa e interessada
Empenha-se no que faz
Gosta de colaborar.
Sagaz, por vezes não faz !
(Tudo o que a mãe quer.)
O quarto dela, ela sabe
Espertamente adiar
Porque será? Adivinha!
Era preciso arrumar!!!
Mas enfim, vai aprender,
Ainda não tem 10 anos
E precisa de brincar.
A brincar também se cresce
Se desenvolvem valores.
Toma atenção minha filha
Que eles são uns bons motores.
Motores de uma vida bela,
Construida na amizade,
No respeito pelos outros,
Pelo ambiente, oceanos,
Terra, professores e pelo jardim da tua escola.
E assim a tua sacola
Nos livros que leva dentro
Te ajudem a abrir a porta
Para uma maior conhecimento!"

Manuela Anjo
(a minha mãe), 2 de Julho de 1998

sexta-feira, 16 de novembro de 2007


Parabéns Samuel!!

Castelos na areia

Era verão, o sol tinha acabado de acordar e aquecia o inicio de mais um dia. Fui para a praia, ver o mar, sentir a areia no pés, ouvir as ondas, os risos e sentir a maresia a entrar em todos os meus poros.

Caminhei junto ao mar até que decidi sentar-me na areia, sem dar conta comecei a brincar com ela, a deixa-la correr entre o dedos, a faze-la passar de uma mão para a outra...comecei a construir.

A maré já estava a subir e o sol ia alto, assim como a minha construção. O que tinha começado por um pequeno montinho, tinha-se transformado num pequeno castelo, que aos poucos eu ia fazendo crescer, cada vez mais e sem esforço, porque na verdade, nem me apercebia realmente do que estava a fazer, mas estava lindo o meu castelo!

Não era um castelo qualquer, era um castelo com todos os promenores que os castelos tem, e que só são vistos quando olhamos com atenção e quando os procuramos. Eu estava agora a começar a aperceber-me da beleza do meu castelo e a procurar todos os pormenores que tinha escondido, mas o sol começava a descer no céu e a encandear-me, não consegui ver, eu queria ver, o sol não deixava. Não era justo fui eu que construir o castelo, tinha direito de o puder ver, porque é que o sol não deixava?

Quando me apercebi, o dia estava a chegar ao fim, mas continuava luminoso e brilhante como um dia de verão. Até que veio uma onda, uma onda que destruio o meu lindo castelo. Eu ainda nem tinha conseguido ver todos os pormenores, e já a água estava a levar para longe todos os grausinhos de areia que tinham sido o meu castelo...as lágrimas encheram os meus olhos e também elas levaram o dia de verão e o transformaram numa noite escura e distante em que a única coisa que me fazia lembrar aquele longínquo dia de verão, era a dor do escaldão que por causa do meu lindo castelo tinha apanhado.

Agora não quero mais voltar a praia, mas o verão é grande e um dia quando esta dor passar vou voltar, para voltar a sentir o dia com todos os meus sentidos e para voltar a construir um castelo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Antes da meia noite...

A viagem tinha chegado ao fim, lá fora a noite e o som dos carros, estavam cada vez mais distantes. Estava na hora? O meu coração dizia que sim…O tempo parou e aquele “Temos de falar…” ficou ali…suspenso. Queria fugir, queria correr, queria chorar, mas ouvi-me continuar, tinha de te dizer, doía continuar assim…cada vez mais longe por querer estar mais perto.

Já sabia o que ias dizer, mas tinha de ouvir…o meu coração não acreditava em mim.

Tinha razão...!? (não queria acreditar...)

Saí! Não podia ficar ali! Cá fora, a realidade estava distorcida. Os carros continuavam a passar a grande velocidade, na mesma velocidade do bater do meu coração…metro... tinha de ir para o metro...

A estação estava mais silenciosa, mais vazia do que me conseguia lembrar alguma vez ter visto. As luzes, as mesmas luzes de sempre, a piscar, a acender e a apagar, como que a lembrar-me que o mundo continuava a andar…e aquele barulho, aquele barulho estava a ferir-me por dentro, ah! Não, não era o barulho, mas esta(va) a doer, a doer tanto!!

Tinha de chegar a casa, e o que foram 20 minutos pareceram-me 20 anos, que rapidamente recuaram a medida que as lágrimas abriram caminho pelo meu rosto…

Desculpa não queria que te ficasses a sentir mal por minha causa.
Eu fico bem…vai passar…

domingo, 11 de novembro de 2007

“it’s only up to you”

Gary Jules - FALLING AWAKE



Eagle in the dark
Feathers in the pages.
Monkeys in my heart
Are rattling their cages.

Found a way to blue
And another ghost to follow
Said “it’s only up to you”
And that’s the hardest pill to swallow.

You never get to choose
You live on what they sent you
And you know they’re gonna use
The things you love against you

One foot in the grave
One foot in the shower
There’s never time to save
You’re paying by the hour

And that’s just the way it goes
Falling awake
And that’s just the way it goes

Slipping through the bars
Aware of the danger
Of riding in the cars
Taking candy from strangers

And it’s never out of hand
Never out of pocket
I’m supersonic man
Do you wanna buy a rocket?

And that’s just the way it goes
Falling awake, falling awake
Oh that’s just the way it goes
Falling awake, falling awake

Eagle in the dark
Feathers in the pages
Monkeys in my heart
Are rattling their cages

I could learn to play the game
I could learn to run the hustle
If I only had the brains
The money or the muscle

sábado, 10 de novembro de 2007

Juramento de Nigtingale


Este é o juramento que pretendo afirmar publicamente dentro de 3 anos:

"Comprometo-me solenemente, perante Deus e esta assembleia, a viver a vida com honestidade e exercer fielmente a minha profissão.
Abster-me-ei de tudo quanto for nocivo ou maléfico,
e não tomarei nem administrarei conscientemente nenhuma substância prejudicial.
Farei tudo o que estiver em meu poder para elevar o padrão da profissão,
e guardarei em segredo tudo o que de pessoal me for confiado,
e todos os assuntos familiares de que venha a ter conhecimento no exercício da minha profissão.
Esforçar-me-ei por ajudar com lealdade o médico no seu trabalho, e dedicar-me-ei ao bem-estar de for confiado aos meus cuidados."

(''.)

domingo, 4 de novembro de 2007

Bolo de Chololate!


Fim de semana grande e tal...tinha de arranjar qualquer coisa com que me entreter e pronto como não posso partilhar o bolo, não dava muito jeito e além disso depois ficava menos pa mim, decidi por aqui a receita.
Então é assim, arranjas estes ingredientes:
  1. 150 g de chocolate em pó
  2. 150 g de manteiga ou margarina
  3. 125 g açúcar branco
  4. 6 ovos
  5. 200 g de farinha
  6. 1 colher de chá de fermento
  7. 4 colheres de sopa de leite

Depois fazes assim (
Preparação):
  1. Bates a margarida com o açúcar até obteres um creme branco (eu aconselho a porem logo a varinha no máximo senão nunca mais chegam ao creme branco);
  2. Juntas o chocolate com o leite (vai parecer que é pouco leite, mas não desistas continua a mexer...vais ver que chega);
  3. Separas as gemas das claras;
  4. Juntas o creme branco com o chocolate e as gemas, mas vais alternando, um bocado de chocolate uma gema...
  5. Pões o fermento na farinha;
  6. Juntas a farinha pouco a pouco com o resto (o que fizes-te no ponto 4, mas com a colher de pau...vai custar mas não desistas lol);
  7. Bates as claras em castelo firme e incorpora-as no resto (ou seja outra vez velocidade máxima pa fazer as claras em castelo, mas pa juntar as claras ao resto não uses a batedeira, colher de pau que é muito bom!!);
  8. Untas a forma com margarina e polvilhar com farinha;
  9. Levas a coser durante 45 minutos, mas não no forno muito alto! (no meu é no 6/7, mas nem todos é assim alguns é com graus e aí já não sei, mas pronto experimentem);

Pronto e se tudo correr bem vais ter um bolinho parecido com este para comer...hum...Bem agora vou ver se encontro a receita do brownie...depois é so arranjar geladinho e já estão a perceber...hard rock!! ('',)

sábado, 3 de novembro de 2007

DVRA PRAXIS SED PRAXIS

"A Praxe Académica é um conjunto amplo de tradições usos e costumes académicos que se praticam e repetem ao longo dos anos. Fortemente ligada ao conceito de Praxe Académica, está a tradição de integrar os caloiros na sua nova escola e nos próprios costumes, pelo que a praxe tem também um ritual iniciático fortemente hierarquizado.

Esta ligação é forte de tal modo que por muitas vezes se confunde o conceito de Praxe, que é o conjunto de todas as tradições e rituais com o de "gozo ao caloiro" - rituais de integração dos novos alunos - porém tal confusão não deve ser feita. Actualmente, as actividades que compõem o "gozo ao caloiro" incluem, a título de exemplo, comer sem recorrer a talheres, cantar em conjunto ou a solo, banhar-se em fontes públicas, ou até mesmo algo que passa por um espírito militar para incutir valores e união aos caloiros.

Associado à praxe académica, está o mote Dura Praxis, Sed Praxis - a praxe é dura, mas é praxe! - baseada no mote em latin Dura Lez, Sed Lex."

In Wikipédia

Pois é, esta foi a grande semana de praxes da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa - Pólo Maria Fernanda Resende!! Praxe ou se quiserem chamar "gozo ao caloiro", o que para nós é tudo a mesma coisa, tendo em conta que o nosso objectivo não é nem nunca será gozar propriamente com os caloiros, mas sim fazer com que se conheçam uns ao outros, à escola e aos alunos mais velhos, os Veteranos =P.
Depois de alguns percalços com o números de alunos que entraram este ano pa nossa escola tanto na 1ª como na 2ª fase, lá conseguimos uns diazinhos para a tão desejada semana de praxes, onde pudemos finalmente usar o nosso lindo traje, estávamos tão lindos!!

Quero dar também os parabéns a todos os caloiros que tiveram a coragem e a honra de entra na nossa muy nobre escola! Espero que tenham gostado desta semana que os Excelentíssimos Veteranos desta escola prepararam para vocês e que no fim de todos estes dias tenham pensado: "Fogo! cheiro mal! estou toda(o) cagada(o)! estou muito cansada(o)! Mas fogo, vale a pena!!" porque esta é a melhor parte e acreditem passa a correr por isso aproveitem bem a vida académica!! Porque depois é só estudar e fazer trabalhinhos...
Ah e não podia deixar de por aqui a nosso foto de família...Família MAXIMUS!!



"Toda a esel a saltar! toda a esel a saltar! tratar dos doentinhos!! lala la la la! Fazer aspirações! lala la la la Aaaaaalgaliaaaar!!! e Viva a ENFERMAGEM!!"

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Shiiu...Are you Listening?


Ideias...todos temos ideias, eu tenho ideias, tu tens ideias...mas qual é a importância que damos às nossas ideias?
Se procurarmos bem, descobrimos que a toda a hora temos ideias, sonhos, pensamentos, muitas vezes não os queremos ouvir, mas eles estão lá, todos os dias a falar-nos baixinho ao ouvido, porque apesar de não lhes ligarmos eles não desistem, porque eles são a voz da nossa alma, são a nossa voz mais verdadeira, que sem darmos conta nos diz aquilo que mais importante temos e sabemos, mas que por ser tão importante nos custa ouvir e por ser tão verdade nos custa acreditar.
Num cantinho dentro de nós, todas as ideias ficam guardadas a espera de precisarmos delas ou de pararmos por um segundo para ouvi-las...
Shiiiuu estas a ouvir?